Para imprimir com ótima definição

Escolha da tela
A tela técnica, geralmente de poliéster, (classificada por número de fios, diâmetro do fio, cor e outras características), deve ser escolhida considerando a firmeza dos traços a serem impressos e em função do tipo de tinta que será usada.

A malha deve ter um número de fios compatível com a granulação, a firmeza das partículas componentes. Isso para que as tintas possam fluir regularmente através das malhas da matriz sem causar entupimentos.

Tipo de imagem
A escolha depende também do tipo de imagem que devemos imprimir: Malhas largas para traços largos e chapados, malhas finas para traços finos e retículas de meio tom.

TABELA DAS PRINCIPAIS LINEATURAS RECOMENDADAS NA ESCOLHA DA TELA TÉCNICA:
Base água Base solvente

Fundos 43 fios 90-100 fios

Traços médios 55-62 fios 120 fios

Traços finos 77-90 fios 140-165 fios

Quadros
É aconselhável preferir quadros de alumínio, ou quadros de madeira retificados e tratados com verniz de dois componentes para resistir à penetração da umidade e à agressão de tintas, solventes e produtos químicos de limpeza. Os quadros de alumínio são mais resistentes à deformações geradas pelas altas tensões aplicadas aos tecidos na hora de esticar e fixar ao quadro. Além disso o quadro de alumínio dura mais do que o de madeira.

Tensão da tela e tecidos
Esticar a tela com sistema pneumático o qual permite alcançar as mais altas tensões possíveis e aplica a sua força simultânea e uniforme sobre toda a superfície da tela.

Preferir tecidos amarelos ou âmbar, para evitar irradiações secundárias durante a exposição, pelo fenômeno da difração da luz das malhas brancas.

Comparados com os brancos, os tecidos amarelos necessitam de um aumento de tempo de exposição, de 75% a 125%.

Tratamento da tela e emulsões
Desengraxar a tela com produtos apropriados, e não com detergentes domésticos os quais contém lanolina e ingredientes oleosos, que dificultam a posterior aplicação da emulsão.

Usar emulsões “Diazóicas ou Fotopolímeros”, as quais permitem reproduzir fielmente imagens com alta definição de detalhes.

Manipular emulsões e matrizes, somente em locais condicionados, sem poeiras, livre de umidade, protegidos da luz do dia e em luz amarela.

Aplicar corretamente a emulsão na tela usando uma calha com borda reta sem defeito, de tamanho adequado a cobrir o desenho completamente. Aplica-se usualmente uma passada na face interna da matriz (lado do rodo), uma na face externa e a última no lado interno. Em seguida pôr o quadro a secarem câmara de secagem em posição horizontal, com a face externa virada para baixo, assim a emulsão ainda em estado fluido tenderá a assentar-se em modo uniforme na superfície da tela, tendendo a formar uma camada levemente maior na face externa da matriz.

Câmara de secagem
Usar câmara de secagem (estufa) com entrada de ar quente (Max 35 C), possivelmente em local seco, condicionado, sem poeira e em luz amarela.

A estufa deve possuir uma abertura no teto para exaustão de ar quente e umidade. Isto permitirá que a emulsão, com processo lento, se torne completamente seca, não apenas em superfície.

Gravação e revelação
Efetuar a gravação expondo a emulsão seca a uma dose exata de radiação luminosa (com fonte alógena ou UV). Preferir uma fonte pontual (que tem origem a partir de um único ponto) e não caixas de luz com vários tubos fluorescentes.

Como diapositivo preferir um fotolito para serigrafia, com a camada de emulsão opaca, legível na superfície transparente, do lado do observador.

Não é aconselhável o uso de papel vegetal o qual sofre deformações por causa da umidade.

A revelação é efetuada com jato de água moderado, e verificado que o desenho, na emulsão fotográfica, resulte perfeitamente “aberto”.

Rodos
Usar rodos de dureza apropriada ao substrato a ser impresso e à tinta de impressão.

Rodo com borda afiada e limpa, geralmente macio para impressão plana em superfície irregular e absorvente. Rodo mais duro em superfície lisa de grande formato com traços finos, ou retículas de meio tom.
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